Domingo, 29.03.09
Meu bebezinho está indo embora. Eu sinto isso dia após dia, e
vivenciá-lo é, a um só tempo, mágico e nostálgico. Vê-lo ao final
mostrando-se, desenvolvendo-se, conquistando suas barreiras e ficando
cada vez mais forte, dá um tipo de orgulho, porque nos sentimos
co-participes do processo, mas também uma certa saudade pelo que foi bom
e não voltará nunca mais.
Você cresce, meu amor. Hoje fez xixi sozinho no peniquinho e exigiu
comer com a própria mão... E conseguiu.
Aquele toquinho que esteve na UTI, aquele pinguinho de gente que
mamava todo encolhidinho, agora come com a própria mão e quer parar de
usar fraldinha.
Meus parabéns, pequenininho.... Nós amamos você.


Com todo meu amor, Jobita às 12:30 | Arquivada

Quarta-feira, 18.03.09
Faz um tempo que te chamamos de Chipito Bulhulo. Chipito porque é
como você chama mosquito e bulhulo em alusão à sua pronúncia de barulho
e ao barulho que você vive fazendo.
Você começa a bater no portão com toda a força e a gente pergunta,
aos gritos, o que você está fazendo e a resposta está pronta: "bulhulo".
Bulhulento! É lindo, sabe?
E chipito porque é bem fácil imaginar você como um mosquitinho
arteiro, zumbindo e descobrindo o mundo.
Agora você descobriu o verbo ir "talc oisa vai / tal coisa foi",
como também alguns pronomes: "aqui, aí, esse, nesse, nessa"... Também
sabe o conceito de hoje e agor,a mas não estou bem certa de que tenha
claro o que é ontem e depois. Acho lindo quando você diz "agóla, agóla,
agóla!", alegre porque vai ter alguma coisa naquele preciso momento. Já
fala do que vê e já conta o que fez. Já corre para abraçar o seu pai e
pede colo. Pede desculpas quando erra e pede "ovo" quando quer mais.
Sua personalidadezinha se desenvolve e se mostra, e é absolutamente
fantástico interagir todos os dias como o simples milagre da sua
existência.


Com todo meu amor, Jobita às 15:48 | Arquivada

Sexta-feira, 13.03.09
Sim, meu filhinho... Esta é uma daquelas noites de imaginar.
Ah, meu querido....
Gosto de te imaginar nessas noites secretas e silenciosas,
cuja escuridão misteriosa nos faz crer que o futuro fica mais perto.

Você quase pode tocá-lo com os dedos
E mesmo sem querer, imagina.
Mas não imagino longe.
Imagino o teu dia de amanhã
E como você estará no mês que vem
Imagino recordando teus cabelos
a testura perfeita sob os meus dedos
Teus abraços antes de dormir
Suas palavras descuidadas
A singeleza de quem acaba de descobrir que pode brincar com elas.

Imagino tuas frases completas
Teu encanto diante dos novos anos
E enquanto a vida se espraiar
complexa e subjetiva para todos
Você terá um universo restrito e seguro
por pouco tempo
nunca tempo demais
Só o tempo suficiente de explorar
de sentir
de beber as palavras na ponta da língua
de colher os sorrisos de quem te vir
sem jamais saber naquele momento quanto mais se esconde por detrás de
cada rosto.

A complexidade do mundo por um bom tempo se te escapará
Preto no branco, grande e pequeno
Como você agora fala
Mamãezinha e papaisão,
tudo simples assim
ou pequeno, ou branco
sem entretons nem sobretons

Pouco tempo, meu amor
Só o tempo suficiente de observar
de constatar
de beijar a vida com ânsia e curiosidade
De sentir segurança nas paredes protetoras do seu lar
De abraçar nosso amor como tua refeição de alma
E fartar-se de nós para tocar os que te virem passar.

Ah, meu querido...
Juro que em noites assim
Eu me pego te imaginando
Desejando que por muitos e muitos anos
Seus pés possam palmilhar as esquinas da vida
E que você conheça
A lágrima do encanto e a lágrima da dor
O furor da decepção e a descoberta do amor
A faculdade de ver além e de ver por mais de um ângulo
A virtude de ser mais a solução que o "x" dos problemas.

Em noites assim eu te imagino, querubim
E te desejo vida
E conhecimento
E coragem
E abundância
de sonhos
cores
desejos
esperanças
virtudes
descobertas
superações
E lágrimas.

Não um mar de rosas
Nunca
Mas um mar em que você nade
Supere a si mesmo e se descubra
antes de tudo,
depois de tudo
rei das próprias emoções
sobrevivente das próprias vivências.

Eu te amo, meu querido
E nessa noite de imaginar
Só desejo que o amor dessa hora
Escorra através dos anos
E te acolha
E te recolha de onde quer que esteja
e te toque
te aninhe
e te proteja
mesmo que, eventualmente
eu não possa murmurar
as palavras desse puro amor
Aos teus pés
Como canção de ninar arrebatada de mãe.


Com todo meu amor, Jobita às 23:52 | Arquivada

Quarta-feira, 11.03.09
Meu anjo

Acho que você está abandonando a soneca da tarde de modo lento,
porém progressivo;
você anda namorando a hipótese de desfralde. Nesse mês tentamos algo
mais contundente a esse respeito, mas não foi desta vez;
você aprendeu muitas mais palavras e constrói frases que expressam
raciocínios cada vez mais elaborados;
ficou muito triste com a saída da Diva e parece recuperar-se lentamente
do ocorrido;
continua apaixonado pelo seu velotrol, por carrinhos e bolas, em geral;
gosta de mexer nas coisas da sua irmã e parece muito ciente de onde ela
está;
já pede para escovar os dentes e adora fazê-lo.

NEssa semana você e sua irmã têm idades parecidas: ela 22 semanas de
gestação e você, 22 meses de vida. Depois de amanhã, porém, "o encanto
termina".


Com todo meu amor, Jobita às 13:47 | Arquivada

Quinta-feira, 19.02.09
Ainda hoje não me canso de dizer, de me sentir simplesmente apaixonada
por você, por sua mera existência no mundo, como se, efetivamente, ela
fosse motivo suficiente para a criação de todo universo.
Ainda me vejo presa de suas unhas, da testura dos seus cabelos, do
som insistente e suave da sua voz, da sua determinação de viver e
aprender... De cada traço seu que encontro em mim, de cada traço nosso
que redescubro na sua persona, de cada traço que é simlesmente seu e te
notabiliza como ser que veio por nós, mas jamais de nós.
Suas frases agora são quase completas, e arrastam-se pela casa.
Perdem-se nos brinquedos, enroscam-se entre os seus cabelos,
sobrepairam a atmosfera como promessas de dias felizes e esperanças de
dias ainda melhores.
Você se desenvolve, portanto, meu amor, e revoluciona sua mãe como
evento jamais soube. Dia após dia estamos juntos, e por algum motivo
isso é motivo suficiente para lamentar ir-se dormir e desejar acordar no
dia seguinte. Eu te olho e mal posso esperar para interagir contigo,
suas perguntas cascateando pela casa, provocando meu intelecto e minha
sensibilidade, entretendo-me a alma em carícias de amor e dedicação sem
medida.
Eu te olho e te amo, e vejo seu pai e me perco, como se ele não
pudesse ser melhor apesar de parecer ser tão extraordinariamente bom. E
mesmo existindo dias que são de puro desafio e provação, há momentos em
que me pergunto como será possível que a vida pudesse ser ainda mais
bela, mais pródiga e mais promissora... E entretanto vocÊ existe, existe
sua irmã, existem os desafios da maternidade, existe sua voz, suas
mãozinhas me puxando e me obrigando a ser cada vez melhor, e então, o
céu é o limite, meu amor.
As coisas não precisam ser fáceis para serem boas, nem serem
difíceis para serem ruins. O amor é o mais inexorável argumento
atestando a
existência de Deus e, apesar de não podermos prever o futuro, estamos em um
daqueles poucos e raros momentos nos quais o presente nos basta e é
simplesmente pleno.


Com todo meu amor, Jobita às 23:31 | Arquivada

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